Observo muito as pessoas. Este é o meu mal, dizem as pessoas
que me conhecem bem. Mas acredito piamente que este é o meu bem...
Já vivi um bom pedaço da vida. Acho até que a metade. Nesta
meia caminhada, sempre observei muito o ser humano.
Desde que me entendo por gente. Ali desde os quatro.
Comecei observando minha mãe, suas tarefas corriqueiras, seu
temperamento nervoso nos afazeres, seu dinamismo. Seu amor também.
Observava muito minha irmã mais velha, acima de mim. Aliás,
quem não a observaria? Ela abria o berreiro que fazia todos olharem para ela,
seja de que modo fosse.
Depois, após nossa mudança para a cidade, comecei a observar
meus tios paternos. Estes tios queridos e minha avó que tanto nos ajudaram.
Deles trouxe muito carinho e respeito. Ah, observei também
os tios desatentos e aqueles
dissimulados.
Mas enfim, continuei a observar durante muitos e muitos
anos.
Minha percepção me enganou algumas vezes. Não muitas. Isto
até me alegra, ou deixa triste porque confirma o que via de ruim em algumas
pessoas. Mas alegra pelo que havia de bom e que deduzi.
Na minha maturidade tenho observado algumas modalidades de
comportamento do ser humano.
Estas observações me fazem perguntar: “Será que estou vendo
coisas?” não pode ser!
O que são estas coisas? Verdades que estão na cara, o obvio
e as pessoas não vêem ou não querem ver.
Nunca quis ser a dona da verdade, mas após a “meia
caminhada” da vida que percorri e alguns anos de terapia, acredito que me
atestem um pouco a razão.
Fico triste quando
vejo este ser humano que normalmente é próximo a mim tendo estas rejeições tão óbvias, deixando a vida passar sem mais
aquela. Aí meu instinto é dizer a “verdade”.
Sobre enxergar algo que o outro supostamente não vê, enfim nestes
últimos dias decidi não dizer nada. Ah!!, penso: “Não sou psicóloga, psiquiatra,
terapeuta, nem Madre Tereza , nem nada! Para quê eu vou querer me indispor,
mesmo dizendo o que penso, muitas das vezes no maior carinho?
Descobri que existe um tipo de pessoa que te “bate” para
você reagir e aí "bater" de volta, apontando tudo o que ela precisa
ouvir. Definitivamente, não quero ser o martelo de ninguém.
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