terça-feira, 27 de setembro de 2016

QUERIDO PAI, (24a. Carta)


Fiquei muito feliz quando ontem, vi a vó Sara entrar pela porta do quarto do Pedro.

Não acreditei. O que você fez? Como a convenceu?  Só sei que ele dormia, eu estava lendo um livro na poltrona ao lado e D. Clara sentada na janela como de costume.

Pai, quando ela se virou e viu a minha vó, ela se levantou e começou a tremer toda e a chorar lágrimas silenciosas. Pensei que ia dar um troço nela; nem pude cumprimentar a vovó direito, corri , segurei a D. Clara e a fiz sentar de novo. Percebi que o assunto era entre as duas, quando minha vó me deu um beijo rápido e pediu que eu saísse do quarto com um gesto silencioso.
Bom, obedeci, mas de fora do quarto, não pude deixar de ouvir a conversa das duas.

Eu ouvia: “Acalme-se Clara. Ou melhor, chore então. Vou pegar uma água para você. Depois voltando, sentou-se perto de D. Clara e eu ouvia somente o choro dela. Passado alguns minutos, dei uma espiada rápida e vi que as duas estavam de mãos dadas, cabeças de encontro uma a outra e choravam em silêncio também. Se abraçaram e eu só ouvia soluços.

Pai, eu entendo que a situação do Pedro é grave. Mas tem mais alguma coisa. Parece que houve alguma coisa entre as duas, uma briga, uma intriga, não sei o que é. Só sei que me pareceu ser tipo uma reconciliação. Fiquei muito feliz. Porque este momento que o Pedro  está vivendo, não deve haver nada para pertubá-lo e ele já havia comentado que achava a D. Clara muito estranha. Mas achou que era pelo estado de saúde dele.

Enfim, depois deste chororô todo, vi que as duas conversavam mansamente e não soltavam as mãos uma da outra. Era uma bela cena. Vó Sara disse que vai ficar mais um dia aqui e depois volta.

Estamos todos na casa da D. Clara, porque ela não permite por nenhum momento sequer  que  possamos pensar em ficar em um hotel.
Amanha é o procedimento do Pedro. Estamos todos convictos que tudo dará certo e que este momento ruim que estamos passando vai ser superado.

Durante toda a noite, vi que minha vó e a D. Clara ficaram longamente conversando,  bebendo vinho, relembrando histórias do passado, olhando fotografias. Foi muito bonito.

Pensei que quero ter um amigo assim na minha vida. Ou melhor, eu já tenho, é o Pedro.
De agora em diante não vamos mais nos separar. Palavra de irmãos.

Um beijo pai,

Kiko.

(TODOS OS DIREITOS RESERVADOS)

PRÁ PREGAR NA GELADEIRA



"Precisamos de pouco para ser feliz. Menos barulho, mais silêncio, menos cobranças, mais reciprocidade, menos desavenças, mais paz. Apenas isto." 

“Das nossas escolhas possíveis:
Das nossas quedas previsíveis;
Das nossas liberdades intransferíveis!
VIVAMOS! 

"É clichê, mas quanto mais o tempo passa, mais descobrimos que o que tem valor mesmo são os verdadeiros amigos, uma família que te apóia, a saúde em ordem e a paz da consciência tranquila. Precisamos de pouco. O prosaico é que é o sofisticado."

"Silêncio do amor, 
Felicidade à flor...!"

Prá começar, comece o simples, viva o novo, tente o fácil, pratique o maleável,
Desprenda do complexo, abandone o obsoleto e diga adeus ao intransigente.
Facilite seus caminhos, renove suas energias, pratique o amor próprio! Viva!

"Minhas ruguinhas são minhas marcas exclusivas, histórias que vivi. Minha maturidade é minha, meu atestado de todas as dores, escolhas ou flores. Meu tempo é meu caracterizador, desconstrutor ou embelezador, elemento desta originalidade adquirida nas travessias da vida"

"Ser forte é estar quebrado por dentro e mesmo assim mostrar-se inteiro por fora" 

"Amor verdadeiro é quando rimos ou choramos com o outro, tudo na mesma intensidade
"Ando esperando o revés virar graça, a tristeza virar alegria, a solitude virar festa, o tempo virar a vida e o fim virar recomeço"


Lágrimas lavam a alma. Lavam as dores,  limpam para o amanhã que se anuncia. Choremos!

 "A vida é uma vela acesa. Cuidemos para não se apagar de repente"!




quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Comece junto com a primavera...



"Comece junto com a primavera, um mês todo florido de possibilidades" BOM DIA meus ventinhos amados!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Não carregue magóas, elas te prendem


QUERIDO PAULO ROBERTO, (23a. Carta)


Só para adiantar, aqui é a Maria Cecília, filha da Clara. Quanto tempo Paulo!

Sei que está a par do problema de saúde do meu filho Pedro e tomei a liberdade de te escrever porque durante muitos anos fomos vizinhos, amigos-irmãos.

Agora nossas mães ficaram apenas com nossos filhos, o Pedro e o seu Kiko, que por sinal, tem sido um anjo na doença do meu filho.

Você já deve saber que o único compatível para o transplante de medula foi o Kiko, certo? Ele me contou que disse a você. Não sei como agradecer a vocês; não tem gratidão possível.

Paulo Roberto,  o objetivo da minha carta é conversar contigo sobre uma situação que acontece entre minha mãe e a sua, Dona Sara.
 Paulo, não sei este é um assunto para conversar em uma carta, mas antes de me abrir com o Kiko, preferi falar contigo, porque afinal convivemos muito mais na infância e você sempre foi meu defensor nas brigas da escola... (risos), você sempre foi meu amigo.

Enfim, acho que o tempo que passou nas nossas vidas, as águas que rolaram, o momento atual, tudo vai de encontro a falarmos sobre um segredo do passado, mas sem grandes dramas, porque já se passaram quase 60 anos e tudo perde o sentido grave de uma situação que poderia ser irreversível , se fosse no passado

 Eu sempre soube, no entanto, guardei este segredo por respeito ao meu pai Pedro, à minha mãe, enfim, por tudo.
Mas eu e minha mãe sempre soubemos.

 D. Sara soube agora e não há nada que a faça perdoar a minha mãe, e principalmente se perdoar.

Sei que sou considerava a doidivanas da família. Sou mesmo. Sou leviana, vaidosa, fútil e o mais que quiserem me imputar nos meus quase 60 anos. Mas apesar disto, sempre amei minha família, meu filho e principalmente entendi a condição de mulher de minha mãe.
 Somos falhos, meu amigo e irmão Paulo Roberto. Todos nós falhamos. Não há dia, momento ou tempo. Faz parte da condição humana.
Enfim, esta história não é minha. É de minha mãe Clara, de sua mãe Sara, do seu pai Olívio e do meu pai Pedro. Mas esta história é minha e sua também.

Houve um dia, uma noite, um momento que minha mãe e seu pai fraquejaram e aconteceu o que normalmente acontece entre um homem e uma mulher quando tropeçam confusos em seus sentimentos.
Resumindo Paulo Afonso, eu sou sua irmã. Kiko é meu sobrinho querido. Vocês fazem parte da minha família.
Eu soube quando tinha já idade para entender e o próprio meu pai foi quem me contou. Nunca conheci homem mais excepcional. Por isto dei o nome dele ao meu filho Pedro.

Eu o amei como se fosse meu pai verdadeiro, mas o apoio dele a mim e a minha mãe fez toda a diferença na aceitação que sempre tive desta situação.

D. Sara soube só agora. Não sei por que minha mãe resolveu abrir esta caixa empoeirada dos segredos. Enfim, ela contou a sua mãe e ela não a perdoa. Mas acima de tudo, ela sofre por não  conseguir perdoar.
Paulo Roberto ajude-me. Não suporto mais ver o sofrimento de minha mãe e imaginar o da sua. Eu peço, tente entender também, relevar e me ajudar se possível. Sempre fomos irmãos, independente do sangue, agora muito mais.

Perdoe a longa carta, o segredo inusitado, mas considere o amor irremediável que sempre tive para com você e o Kiko.

Um beijo e um abraço da sua irmã eterna,

Maria Cecília.

PS Dou-lhe toda a autorização para contar ao Kiko se achar viável.

(PUBLICAÇÃO SEG OU QUARTA E SÁBADO)  TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

sábado, 17 de setembro de 2016

DEAR SOPHIA (22a. Carta)

Encostada na janela da ante-sala do quarto do Pedro, olho lá fora e só observo a chuva que cai sem parar.

 O dia amanheceu cinzento e triste, mas por incrível que pareça, o Pedro acordou melhor. Ele dorme agora. Ouvi os seus conselhos e conversei com ele.

Depois do café e quando todos saíram, ficamos de mãos dados olhando um para o outro e ele sorria sem parar. Eu pensei, é agora.

Comecei timidamente: “Pedro, sei que deve estar esperando eu falar contigo sobre aquela carta de quando eu ainda estava em Londres e que você manifestou o seu sentimento por mim. Não é isto?” Ele me olhou e sorriu. Ficamos assim, de mãos dadas rindo um para o outro.

Foi então que ele disse: “Sabe Lisa, eu fiquei muitos dias esperando você falar comigo sobre isto e ao mesmo tempo, eu não tinha coragem de falar pessoalmente. Mas depois de tudo que passamos aqui juntos, você do meu lado, me apoiando, largando toda a sua vida lá para ficar aqui, sinceramente, este seu amor já está de bom tamanho”.

Fiquei surpresa e sem ação Sophia. Ele do nada, resolveu toda a questão entre nós e facilitou tudo para mim. Não sei se estava fazendo isto para me deixar a vontade, ou se realmente estava agora muito mais focado em ficar bem.

Mas assim mesmo eu respondi: “Obrigada Pedro por facilitar tanto as coisas para mim... mas quero te dizer que sempre fomos amigos e não vou dizer que não rolou uma atração na faculdade e eu tive  até uma certa paixonite por você, mas depois fomos ficando muito mais amigos que amantes... (Ele riu), (eu ri).
 Então, depois destes anos todos, você me pegou de surpresa mesmo. Não  sei o que te dizer.”

Aí ele colocou as mãos em meus lábios e disse: “Não precisa falar mais nada não Lisa”, não, por favor, não estrague este momento nosso. Não quero saber se tem alguém, se não há possibilidades, nada,  não agora. Não neste momento ruim que estou passando. “Deixe-me ter ao menos uma ilusão” – Ele disse isto sorrindo, mas vi  passar no fundo dos seus olhos, uma sombra de dor que passou rápido, sabe Sophia?

Então, pensei, ele não quer saber de nada e eu não preciso dizer nada então. Mas pelo menos, falamos sobre isto. Aí continuamos de mãos dados, nos abraçamos e ele disse que iria dormir um pouco. Foi quando vim aqui para esta sala e comecei a pensar sobre tudo, a ver a chuva e a escrever para você.

Estou com um misto de sentimentos muito estranhos, algo aperta a minha garganta, mas não consigo chorar. Não quero te preocupar, mas sei que  já estou. Desde que voltei ao Brasil, sinto este misto de lembranças, saudades, aconchegos, retornos, partidas.

Sophia,  sei que não estou sendo justa contigo, mas preciso estar aqui agora e prometo que assim que tudo passar, teremos uma longa conversa sobre tudo o que gira nestes círculos de sentimentos loucos que se apoderaram de mim  depois da volta à minha vida aqui.
Um beijo e por favor, seja paciente comigo,

Missing you.


Lisa.
(Publicação segunda ou quarta e sábado) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

DEAR LISA (21a. Carta)


Estou com saudades de você e dos nossos momentos juntos.
Senti na sua carta esta apreensão em relação à situação do Pedro e por ele ter aberto os sentimentos em relação a você.

Querida, você sabe que eu a amo, que tenho ciúmes como toda pessoa apaixonada. Mas por favor, não se martirize tanto com isto e principalmente, se abra com ele. Ninguém merece se sentir excluído ou saber que tivemos pena dele em algum momento da vida. Você sente pena? É só isto? Ele não merece isto. Não merece sua pena e você não merece se martirizar.

Sei que o momento dele é de dor, mas sei também que ele se sentirá muito melhor quando vocês conversarem.  Então, quando sentir  alguma  melhora no estado de saúde dele, independente se for antes ou depois da cirurgia, converse com ele. Ok? E depois, por favor, me liga ou escreva.

Aqui está como sempre, vou e volto do trabalho na minha bike, mas como o inverno se aproxima, já sinto muitas dificuldades deste transporte... A cada dia sinto mais falta de você. Sei que precisa ficar aí, mas, por favor, não demore muito. Não demore em me dizer se vai voltar ou se vai ficar... Sem fazer dramas, sinto que algo ronda o nosso amor, mas quero acreditar que tudo será como antes.

Um beijo,
Missing you!


Sophia.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

QUERIDA VÓ SARA (20a. Carta)



Aqui do fundo do corredor à meia luz, eu te escrevo para contar como estão as coisas por aqui.
O Pedro deu uma leve melhora e estamos confiantes que vai estar bem melhor para o dia do procedimento.  Mas vó, percebo muita coisa estranha aqui.

Claro, o momento é estranho. Mas sinceramente, gostaria de entender melhor o que está acontecendo, por exemplo, entre a Lisa e o Pedro. Sei que ele se declarou a ela antes dela chegar aqui ao Brasil. Sei que o momento é muito complicado, mas como eles são amigos há anos, eu não sei o porquê dela ainda não haver conversado com ele sobre isto.

Ou seja, só pode ser porque tenha outro em Londres. Não tem explicação. Porque pelo menos ela poderia conversar com ele, dizer que ficou feliz, etc. e tal e que quando ele melhorasse, eles iriam conversar sobre.
 Mas ela apesar de toda a dedicação, não diz absolutamente nada. Acho que o Pedro precisa ouvir isto dela! Olha, eu decidi, vou conversar com a Lisa sobre isto. Não tem mais jeito.

Bom, outra coisa, diz respeito a você e a D. Clara. Afinal porque você não está aqui, vó?
Eu a convidei, também insisti e você disse que viria depois com a Elvira. Mas já tem quase uma semana e nada. Por quê? A D. Clara está precisando MUITO de você!

Vocês são como irmãs! Dá pena ver como ela está sofrendo e como anda como uma sonâmbula pelos corredores do hospital, apenas com a Flora de companhia. Não aceita ficar em casa de jeito nenhum!
Quando converso sobre você e ela, seus olhos se enchem de lágrimas e eu percebo que há alguma coisa que não quer me contar. Aliás, o Pedro já havia me cantado esta bola antes. O que aconteceu? Será que é algo tão sério que não possa ser esquecido neste momento?

Desculpe se estou fazendo o seu papel, que é o de me chamar à razão. Mas eu não entendo o que está acontecendo. Nem com Lisa e nem com você. Por favor, explique-me e se não for vir, diga-me claramente.
Até a Maria Cecília que todos dizem é uma doidivanas como você diz... Está muito preocupada com o Pedro. 
Fica horas parada olhando fixamente para ele. Não consegue rezar, me disse um dia e quando é assim,  ela sai desesperada. Dizem que nestes momentos, ela faz compras. Deve ser a sua válvula de escape. 

Vó espero que esteja bem de saúde. Sabe que vou ficar aqui mais alguns dias. Se precisar de alguma coisa, por favor, ligue para mim, mas se for urgente, peça a Elvira para ligar para o meu pai.

Eu conto contigo vó! Você nunca me decepcionou.


Um beijo carinho e um abraço apertado do,

Kiko.

(TODOS OS DIREITOS RESRVADOS) publicação segunda ou quarta e sábado.

domingo, 4 de setembro de 2016

QUERIDA SARA, (19a. Carta)



Que alegria receber a sua carta! Apesar das dores e preocupações pelas quais estou passando, meu coração se abriu de felicidade.

 Sei que está muito magoada comigo e ainda precisa de tempo, mas o fato de ter me escrito, já mostra o coração incomparável que sempre teve.
Sei que sua magoa não ficaria acima dos problemas pelos quais eu estou passando com o Pedro, e que você é esta mulher especial que sempre foi.

Sara, fugi um pouco do quarto e estou aqui no pátio te escrevendo.
Ninguém quer que eu fique lá, Maria Elisa, a Paula e a Nanda que também chegaram. Dizem para eu ficar em casa com a Flora, rezar e confiar. Que o ambiente do hospital é ruim para mim. “Olha o seu coração!” Dizem as meninas.
Eu já não tenho coração, Sara! Meu coração está com o Pedro naquele quarto. Eu não posso sair do lado dele ou de fora do quarto dele. Fico até não poder agüentar mais, porque acho que se sair, o Pedro pode partir...

Todos se preocupam comigo. Flora não sai do meu lado. Mas ela tem a grande qualidade de ficar calada e sei que reza.
Agora é só rezar que podemos fazer. Rezar para que o Pedro melhore, para que fique forte, rezar para que no dia do procedimento, o transplante seja bem sucedido e que para as fases seguintes o organismo dele continue a evoluir. Respiro fundo e olho através do jardim. Vejo rosas brancas, margaridas e meu coração se acalma. Choro. Aqui fora eu posso chorar.

Deus não pode deixar o meu neto querido partir, Sara! O Pedro é o único que se importa comigo. Mesmo quando esteve fora, ele esteve comigo, você entende né?
Eu e ele somos um só. E Deus não vai fazer isto comigo e nem com ele.

Você sabe que a Lisa está aqui né? Vejo nos olhos dela muita preocupação, mas muita força e carinho. Sei que o Pedro a ama. Sempre soube. Só não sei por que eles nunca se acertaram.

Lisa é uma alma única. Ela é especial. Fica horas segurando as mãos dele e conversa, mesmo quando ele não tem forças para responder. Ela relembra as aventuras deles da juventude, da faculdade e conta as histórias das viagens que fez. Ela ri, muitas fezes ri sozinha, mas vejo que ele nestes momentos aperta com força as mãos delas. E vejo lágrimas tímidas nos olhos de Lisa.

Nestes momentos eu saio do quarto Sara. Vou caminhando feito uma louca pelos corredores com Flora no meu encalço. Lá fora consigo respirar um pouco. Quando olho para o lado, eu vejo novamente Flora com os olhos grandes me observando. Seguramos nossas mãos e caminhamos para a capela que tem aqui, ou para o jardim, porque um jardim é o templo de Deus também.

Sara, obrigada por existir e me escrever. Quando tudo passar e vai passar, mesmo que você não queira, eu vou até ai para conversarmos. Não tenho palavras para agradecer a sua amizade, a amizade do Kiko e a grandeza da sua alma.
A minha alma é pequena, eu sei. Mas parodiando aquele escritor, acredito que tudo vale à pena.
Já diviso a minha sombra Flora lá no fundo do jardim. Vou ficando por aqui.

Obrigada, um beijo e um abraço apertado de horas melhores,


Clara.